TECNOLOGIA E TRANSCENDÊNCIA
- Instituto Lumni TERAPIAS ESPIRITUALISTAS
- 25 de mai.
- 2 min de leitura
O propósito espiritual de um mundo em transformação

Hoje, muitas pessoas olham para o mundo com angústia. Sentem que algo se perdeu. As máquinas pensam, as relações se virtualizam, os algoritmos parecem nos conhecer melhor do que nós mesmos. Há quem diga que estamos à beira do colapso — ético, emocional, espiritual.
Mas... e se, ao invés de uma queda, estivéssemos assistindo a um salto?
E se todo esse avanço tecnológico, que nos assusta e confunde, não fosse um desvio, mas uma etapa essencial do processo evolutivo da consciência?
Foi o que propôs Pierre Teilhard de Chardin, teólogo e paleontólogo visionário, ao dizer que a matéria está a serviço do espírito, e que o sentido profundo da evolução é espiritual. Segundo ele, à medida que a matéria se organiza, a consciência emerge, e caminha — cada vez mais complexa e sutil — rumo a um ponto de convergência: o Ponto Ômega, onde ciência, amor e espírito se unem.
Talvez estejamos, sem saber, prestes a atravessar um portal.
A psicologia transpessoal, da qual faço parte há mais de quatro décadas, também enxerga essa transição: a humanidade está saindo de uma etapa centrada no ego, no controle, na luta pela sobrevivência... e se aproximando de uma consciência mais expandida, que reconhece o valor do simbólico, do invisível, do sagrado.
E não é coincidência que tudo isso aconteça justamente quando dominamos mais e mais os recursos da matéria.
Quanto mais dominamos a matéria, mais somos chamados a nos tornar sutis.
Esse é o verdadeiro propósito oculto da tecnologia: nos liberar do peso, do automatismo e da repetição, para que possamos enfim mergulhar naquilo que é propriamente humano — e divino.
Não estamos sendo substituídos pelas máquinas. Estamos sendo desafiados por elas. Desafiados a lembrar quem somos além da mente lógica.A inteligência artificial pode escrever poemas. Mas ela não chora ao escrevê-los.
Nós sim.E é nesse espaço de emoção, intuição e transcendência que mora a centelha que nos diferencia — e nos impulsiona.
Se você sente medo do futuro, talvez não tenha percebido que o futuro está chamando você para dentro.Para ser mais sensível, mais presente, mais vivo.
Para se tornar um elo consciente entre o visível e o invisível.
É tempo de lembrar: não somos máquinas. Somos espírito em experiência humana.E tudo, tudo o que a evolução nos oferece, pode ser usado como ponte — se o coração estiver desperto.
“Tudo o que sobe converge.”— Teilhard de Chardin
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